domingo, 30 de novembro de 2008

Décimo dia (Valparaiso e Vina del Mar)




Acordamos cedo e tomamos nosso café que continha um copo de suco, duas fatias de pão puma e um alfajor (reforçado não?), aliais desde que saímos do Brasil nenhum desjejum foi farto.
Rumamos a Valparaiso e Vina del Mar sem muitas expectativas de ver paisagem bonitas já que o Brasil é muito rico em praias, mas nos surpreendemos pois vimos muita paisagem bonita.
Valpariso é uma cidade portuária onde todas as casas ficam nos morros e fica parecendo favela, mas não é. Já Vina del Mar é uma cidade muito moderna onde existe casino, hotéis luxuosos a beira mar, MC Donalds, Pizza Hut, Burger King entre outros fast food.
Almoçamos um saboroso salmão grelhado em Vina del Mar onde fomos atendidos por uma brasileira e pela primeira vez ficamos sabendo antes de vir o prato tudo o que iríamos comer.
Voltamos para Santiago e repousamos pois amanhã teremos 950km até Osorno.

sábado, 29 de novembro de 2008

Nono dia (Santiago)




Saímos cedo do hotel para conhecer a cidade de Santiago, rodamos nesse dia o tempo todo a pé passando pelos principais pontos turísticos de Santiago.
Tivemos uma vista privilegiado de um mirante onde podemos ver toda a cidade de Santiago ao pé das cordilheiras, a cidade é completamente plana.
Carro por aqui é muito barato, por exemplo, um corsa sedan zero completo (AR+ DIR) sai por R$ 21.000,00 e no Brasil saí +/- R$ 34.000,00.
O vendedor da GM já tinha morado no Brasil e nos deu muitas dicas legais para conhecermos a cidade, disse também que a cidade era segura e que era raro assalto a mão armada, apenas alguns trombadinhas...mas não tivemos problema.
Ensinou também alguns palavrões em Espanhol caso fosse necessário usar, mas ainda não foi necessário.
Já estamos nos acostumando com a língua...pelo menos arroz aprendemos a pedir

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Um dia foi pouco!!!

Devida a grandiosidade do lugar, resolvemos colocar mais algumas fotos. O difícil foi decidir quais entre as mais de 700 fotos tiradas!

Oitavo dia ( Cordilheira dos Andes)




Partimos cedo rumo a Santiago, da estrada em Mendoza já foi possível avistar as cordilheiras com neve no topo, uma visão muito linda e só de imaginar que iríamos cruzar pelo meio delas só aumentava a ansiedade.
Quando começamos a andar pela cordilheiras ficamos impressionados com a grandiosidade, abri um sorriso dentro do capacete e conversava comigo mesmo sobre a visão que estava tendo.
Quando chegamos a 2.000 metros de atitude a minha moto parou, eu acelerava ela e ela não respondia. Com o ar rarefeito, a mistura de combustível fica muito rica e faz com que a queima não aconteça como tem que acontecer. Desmontei parte da carenagem dela para tentar aumentar a entrada de ar, mas não resolveu, então fui obrigado a retirar o filtro de ar e a moto voltou a andar.
Seguimos subindo as cordilheiras e logo começamos a avistar neve perto da estrada, o frio aumentava a cada metro e o vento se tornava cada vez mais forte. Quando parávamos a moto para tirar fotos tínhamos até medo de que o vento derrubasse as motos. Em conversa com um guarda local, ele disse que no inverno, no ponto onde estávamos, chegava a ter mais de 3 metros de neve e temperatura por volta de 25 graus a baixo de 0.
No ponto mais alto das cordilheiras está a divisa da Argentina com o Chile e uns 5 Km depois a aduana chilena. Levamos cerca de 1 hora para fazer os trâmites de entrada no país, aproveitei esse tempo para fazer amizade com o cachorro que trabalha farejando frutas nas bagagem (o nome dele é Santiago)
Passando a aduana começa os famosos caracoles, são dezenas de curvas fechadas que dividíamos espaço com os caminhoes que vinham no sentido contrario. Ao final dos caracoles paramos em um posto para abastecer e recolocar o filtro de ar na minha moto.
Chegamos em Santiago por volta de 20:00hs (ainda claro), achamos um hotel e fomos jantar e comentar sobre tudo que havíamos visto durante a travessia.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sexto e setimo dia (Mendoza)




Quando olhamos a cidade pela manhã achamos a cidade muito bonita e resolvemos ficar por dois dias por aqui.
Todas as ruas de Mendoza são arborizadas e com um clima muito tranquilo.
No dia 25 fomos fazer a manutenção das motos e encontramos uma loja onde fomos muito bem atendidos, trocamos o óleo das motos, ajustamos e lubrificamos as correntes.
Andamos a pé pela cidade e conhecermos o dia a dia dos argentinos de Mendoza.
Alguma curiosidades:
- Aqui por padrão não se come arroz e feijão nas refeições
- Das 14:00 as 16:00 a maioria das lojas fecham, pois este é o horário da ciesta.
- O dia fica claro até as 21:00hs e o horário comercial termina as 20:30hs
No dia 26 fomos até a pré cordilheiras com as motos e achamos a paisagem muito bonita (como mostra na foto) e depois fomos conhecer o parque General San Martin onde almoçamos.
Uma curiosidade no nosso almoço foi que o Leandro e o Alexandre estava com muita vontade de comer arroz e então pedirão para o garçom que o bife de churisso viesse acompanhado de arroz ,mas como mosso espanhol não é muito bom o garçom entendeu que queríamos alho e nos trouxe o churisso com bastante alho (como mostra a foto).
Nos pensávamos que era só enrolar a língua que todos por aqui nos entenderião, mas não está tão fácil assim. Paciência....na falta de arroz o Leandro comeu alho para a infelicidade da Paty(ahh!!!)
O Alexandre e eu experimentamos a famosa parrilha acompanhada de um bom vinho no jantar.
Para variar acabamos o dia na piscina para nos prepararmos psicologicamente para atravessar as cordilheiras amanhã e chegarmos ao Chile, imaginamos que esse será o ponto alto da viagem.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Quinto dia (Mendoza)



Acordamos tarde em Cordoba e fomos procurar pontos turísticos, descobrimos que os principais pontos turísticos de Cordova não ficavam perto do centro e sim entre 100 e 300km do centro.
Olhamos para o céu e estava garoando e como estávamos traumatizados de tanto sol que tomamos na cabeça então tivemos a brilhante ideia de sairmos de Cordoba com destino a Mendoza as 12:00hs, ou seja teríamos que rodar 700km antes do anoitecer.
Para nos ajudar nessa empreitada erramos o caminho e pegamos a ruta 5, mas recomendamos a todos o erro pois passamos pela região serrana da província de Cordova (um dos pontos turísticos de cordoba). Rodamos por aproximadamente 200km praticamente só de curvas sobre uma paisagem de montanhas, lagos e rios.
Nas rutas pegamos de tudo um pouco nesse dia, sol, chuva, chuva de granizo, barro (pois a ruta esta em reforma depois de Rio Quarto) e ventos laterais fortíssimos que nos obrigavam a andar com a moto fortemente inclinada. Porem tudo isso foi muito agradável para todos nos, pois foi o melhor dia de estrada desde que saímos do Brasil.
Alguns acontecimentos quase que normais desse dia de viagem:
- Perdi a traseira da minha moto quando estava a 180km/h pois a pista estava muito molhada e formou aquaplanagem, consegui controlar a moto mas o susto foi grande, depois disso resolvi andar a 120km/h por um bom tempo
- Encontramos um senhor de Santa Catarina que nos alertou que uma parte da ruta estava sem pavimentação.
- Quando passamos por esse trecho o Leandro resolveu dançar um tango com a moto dele rabiando de frente e de traseira, um espetaculo para quem estava atrás sem poder fazer nada para evitar a queda, mas a sorte mais uma vez estava do nosso lado.
- A distancia mais curta entre dois pontos é uma reta. Os argentinos levaram muito a serio essa teoria e fizeram retas intermináveis, com isso o Alexandre conseguiu na ruta 7 chegar a 200km/h com a sua GS 500 carregada (estava sem vento).
-A minha moto não gostou da gasolina da Argentina e está falhando muito e consumindo mais ainda, quase fiquei no meio da estrada sem gasolina, passamos por um trecho com mais de 120km sem ver 1 posto de gasolina, andei a 100km/h por 40km para chegar no posto, coube 21,46 litros no tanque onde a capacidade total era de 21,5 litros...foi por quase. As outras motos não sofreram muito com a gasolina daqui, apenas aumentou o consumo.
Quando estávamos a 60 km antes de chegar em Mendoza já foi possível avistar as cordilheiras e ter o privilegio de ver o sol se por atras delas.
Um guia nos levou rapidamente para um hotel bom em Mendoza e mais uma vez fomos direto para a piscina para nos refazermos. ( pela manhã a temperatura em Mendoza estava 42 graus)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quarto dia (Cordoba)





Levantamos bem cedo daquela espelunca, ou melhor, daquele hotel e quanto estávamos nos arrumando para sair acabou a força, mas tudo bem, já tinha acabado a agua na noite anterior mesmo...
Rodamos 900 km com a mesma paisagem e o calor do dia anterior. Vale a pena ressaltar que passamos por diversos tipos de plantações muito bonitas (acima foto de Girassol)
Hoje eu não fiquei tão cansando, mas o Leandro disse que foi um dos dias que mais se sentiu cansado na vida dele. Cansado não acho que é a palavra certa e sim desgastado pelo calor muito forte, se não fosse o calor , chegaríamos nas cidades e jogaríamos uma partida de futebol (com a camisa do Pelé é claro)
Os Argentinos são muito receptivos, acenam quando passamos com as motos e nos tratam com muita hospitalidade
Chegamos em Cordoba, uma cidade com uma arquitetura muito bonita, decidimos passar o próximo dia por aqui para conhecer melhor esta cidade.
Hoje jantamos um bife de churisso muito bom e estamos repousando em um bom hotel para compensar o de ontem...

domingo, 23 de novembro de 2008

Terceiro dia (nem tudo são flores na vida de Joseph Climber)




As 07:00hs fomos tomar café como o combinado, mas a Patricia acordou com uma gripe muito forte e decidiu passar no medico em Foz. Ela foi medicada e acabamos saindo de Foz só as 10:00hs.
Atravessamos a fronteira e após 20km fomos parados novamente pelos policiais argentinos, mas dessa vez estávamos com todos os documentos. Após a verificação dos documentos o policial se mostrou um apaixonado por motos e pediu para tirar foto das motos, começamos a conversar sobre velocidade que minha moto chegava e na maior cara de pau falei para ele que de nada adiantava pois na Argentina não poderíamos passar dos 110km/h e ele me disse que podia passar um pouco dessa velocidade, era só reduzir em dois pontos da estrada que havia policias. Obedecemos conforme foto e seguimos.
Ao pegarmos a ruta 12 achamos a paisagem maravilhosa, era um reta em uma planicie que parecia infinita, olhávamos para frente, para trás e para os lados e não víamos fim...
Após 700Km com a mesma vista e em baixo de um sol de aproximadamente 40 graus a paisagem perde o brilho do inicio. Passamos um calor que beirava o insuportável, rodamos por mais de 500km sem ver nenhuma nuvem no céu e raramente cruzamos um outro veiculo na estrada, em todas as paradas cada um tomava 1 litro de liquido para não desidratar.
Decidimos dormir em Corrientes (20Km antes de Resistencia) pois era uma cidade maior e mais bonita, mas não sabíamos que estava acontecendo um evento na cidade e não tinha vagas nos hotéis. Achamos esse aí da foto...paciência, saímos para jantar e conhecer a cidade, esperamos que amanhã seja um dia melhor...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Segundo dia (Cataratas)



Acordamos as 07:30hs tomamos um café reforçado e fomos conhecer as cataratas do Iguaçu. Optamos por ir de coletivo pois iríamos economizar e deixar nossas meninas (motos) descansando no hotel pois irão enfrentar uma longa viagem nos próximos dias.
Achamos a visão do mirante das cataratas deslumbrante, é de impressionar a quantidade de agua que passa por ali e se torna um grandioso espetaculo.
Não tem como olhar as cataratas e não lembrar do episódio do desenho do Pica-Pau onde ele desce as cataratas do Niagaras em um barril.
Chegando das cataratas fomos até a fronteira com a Argentina, que fica a 10km do hotel,para verificar como funciona a travessia, porem eu esqueci de levar a cara verde e fui parado. Minha sorte foi que o policial hermano gostava de moto e só fez perguntas sobre a cavalagem e ano da minha moto.
Voltamos para o hotel e iremos descansar para a jornada de amanhã onde devemos chegar a cidade de Resistência na Argentina.

Primeiro dia


Saímos as 5 horas da manhã do primeiro posto da Castelo Branco, todas as motos carregadas de bagagem e os motoqueiros carregados de ansiedade.

O combinado era de parar no primeiro posto do lado direto após 200Km rodados, mas o Leandro foi obrigado a parar antes devido ao alto consumo da sua moto e desencontrei deles. Quando cheguei no posto minhas mãos e meus pés estavam duros e estava batendo o queixo pois a temperatura estava em 13 graus. Após 15 minutos eles chegaram no posto e eu já estava aquecido, fiz pose de durão e não dei o braço a torcer que tinha sentido frio pois tinha dito que aqui no Brasil não precisávamos usar bala clava e luvas de lã, porem todos chegaram na mesma situação que eu cheguei, aí confessei que também senti frio.

Conforme íamos andando olhávamos para o céu que anunciava uma tempestade, porem a estrada foi nos desviando daquele céu preto e nos levando para um céu completamente aberto e um forte calor.

Após rodarmos 1103km, chegamos a Foz do Iguaçu as 18:00hs e fomos direto para a piscina para nos refazermos.



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Roteiro da viagem


Esse é o roteiro da nossa viagem
Claro que pode ser alterado no decorrer do caminho caso aconteça algum imprevisto
Já está quase tudo pronto, as motos revisadas, os documentos tirados, mapas comprados, pesquisas feitas e ansiedade em nível muito alto.
Faltam 7 dias para o inicio da viagem...