sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Oitavo dia ( Cordilheira dos Andes)




Partimos cedo rumo a Santiago, da estrada em Mendoza já foi possível avistar as cordilheiras com neve no topo, uma visão muito linda e só de imaginar que iríamos cruzar pelo meio delas só aumentava a ansiedade.
Quando começamos a andar pela cordilheiras ficamos impressionados com a grandiosidade, abri um sorriso dentro do capacete e conversava comigo mesmo sobre a visão que estava tendo.
Quando chegamos a 2.000 metros de atitude a minha moto parou, eu acelerava ela e ela não respondia. Com o ar rarefeito, a mistura de combustível fica muito rica e faz com que a queima não aconteça como tem que acontecer. Desmontei parte da carenagem dela para tentar aumentar a entrada de ar, mas não resolveu, então fui obrigado a retirar o filtro de ar e a moto voltou a andar.
Seguimos subindo as cordilheiras e logo começamos a avistar neve perto da estrada, o frio aumentava a cada metro e o vento se tornava cada vez mais forte. Quando parávamos a moto para tirar fotos tínhamos até medo de que o vento derrubasse as motos. Em conversa com um guarda local, ele disse que no inverno, no ponto onde estávamos, chegava a ter mais de 3 metros de neve e temperatura por volta de 25 graus a baixo de 0.
No ponto mais alto das cordilheiras está a divisa da Argentina com o Chile e uns 5 Km depois a aduana chilena. Levamos cerca de 1 hora para fazer os trâmites de entrada no país, aproveitei esse tempo para fazer amizade com o cachorro que trabalha farejando frutas nas bagagem (o nome dele é Santiago)
Passando a aduana começa os famosos caracoles, são dezenas de curvas fechadas que dividíamos espaço com os caminhoes que vinham no sentido contrario. Ao final dos caracoles paramos em um posto para abastecer e recolocar o filtro de ar na minha moto.
Chegamos em Santiago por volta de 20:00hs (ainda claro), achamos um hotel e fomos jantar e comentar sobre tudo que havíamos visto durante a travessia.

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